Litoral Sul vai ganhar matrizes de competitividade sobre Economia Criativa
Uma equipe de técnicos da Unidade Regional do Sebrae em Ilhéus começa a visitar municípios do Território Litoral Sul, em sua área de abrangência, para, até novembro, construir um perfil da realidade de projetos da Economia Criativa. O assunto foi tema de um encontro entre a coordenação regional do Sebrae, gestores do projeto e consultores da entidade, na tarde dessa quinta-feira, dia 12 de setembro, no auditório do Ponto de Atendimento do Sebrae em Ilhéus. “Vamos conhecer quem é esse público e, de posse deste estudo, definir como desenvolver a gestão nestes municípios”, explica a coordenadora regional, Claudiana Figueiredo.
Na primeira etapa, será apresentada uma matriz de competitividade, definindo as particularidades do território, formas de acesso e público alvo dos municípios de Ilhéus, Itabuna, Itacaré e Uruçuca. O Sebrae conta com recursos da ordem de R$ 400 mil e o parceiro, Instituto Arapyaru, com mais R$ 400 mil para, juntos, investirem em processos que envolvam criação, produção e distribuição de produtos e serviços, usando o conhecimento, a criatividade e o capital intelectual como principais recursos produtivos em um contexto em que as matérias-primas são gente, tecnologia, capital e diversidade cultural. As Prefeituras entrarão com uma contrapartida, de acordo com o seu interesse pelo projeto.
“Nesta fase de organização, todos os municípios serão atendidos em condições de igualdade. Depois, durante a execução, cada prefeitura vai dizer quanto quer, condição que lhe será proporcional a quanto poderá oferecer”, explica Claudiana. O trabalho que está, neste momento, sendo realizado pelo Sebrae, tem a missão de determinar as ações da Economia Criativa do Litoral Sul até o final de 2014. “O nosso grande desafio é conseguir identificar os cases e, para isso, é fundamental a participação de entidades e da sociedade civil organizada”, assegura Valdinéia Borges, gestora do projeto.
A consultora do Sebrae, Ana Paula Oliveira, afirma que as reuniões realizadas nos municípios envolvidos demonstraram um alto grau de interesse do público e das autoridades locais. Ela lembra que a Economia Criativa é tão ampla que inclui atividades de diversas vertentes, a exemplo da música, produção de software, design, artes cênicas, televisão, cinema e artesanato.
Só em 2010, segundo a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), esse mercado movimentou mais de US$ 1,8 trilhão em todo o mundo. No Brasil, o setor ainda é uma grande novidade e um “filão” propício ao desenvolvimento das pequenas e médias cidades. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a receita proveniente da economia criativa representou 2,5% do PIB naquele ano.